Da janela do meu quarto,
Saem pedras a voar,
brancas, negras, sorridentes.
Quebram vasos na passagem,
brilham quentes de sonhar,
espalham cinzas pelo ar.
Sinto-as leves, transparentes,
pela brisa que acompanham,
levantam a poeira citadina.
Cortam o vento enfadonho,
que grita nos meus ouvidos:
- Levanta-te, ó múmia cansada!
De repente, solto um assobio,
chamo o pranto à razão
E faz-se de novo o caminho.
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