Acerca de mim

A minha foto
Sou uma folha retirada de um caderno amarelecido pelo tempo, mas com vontade de voar ao vento...

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Amor e Arte

 Li algures "Os Artistas são almas criativas, artísticas e espontâneas. Eles são ferozmente individualistas e se orgulham de estar fora da caixa e esmagar rótulos e estereótipos. Eles são uma mistura de contradições: empático, mas misterioso, reservado, mas ousado, e sensível, mas aventureiro. Eles têm um talent".

A sensibilidade é uma característica de poucos, são muito poucos aqueles que conseguem aliar os sentidos aos sentimentos mais puros.




domingo, 25 de setembro de 2022

Mergulhar

 Ajuda-me a mergulhar sem rede.

Pega na minha mão e sacode este medo 

de cair no chão das alturas, quebrando a Minhalma.

 

Tenho medo de amar,

Tenho medo de saltar,

Tenho medo de sentir sozinha.

Ajuda-me a perder o medo, 

A saltar sem rede,

A quebrar as asas,

A voltar ao escuro.

 

Quero estar tranquila,

Viver o(s) momento(s) felizes ao teu lado,

Beber da tua boca o fogo mágico da paixão,

Mas quero paixão-luz, 

Sedução-viva,

Amor-ardente.

 

Amo-te sem pudores, mas com receios.

Livra-me desta dor.

 

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Sinto-te perto...

 Ouvindo o marulhar de um violino em doces notas,

Num tempo encaixado no calor dos corpos,

Vibrando notas de quimeras soltas,

Soltando o navio enobrecido pelo beijo num mar revolto,

Num lastro de espuma que cobre o meu peito

E o dia acolhe o gesto amoroso de um abraço sem fim.


O tempo é eterno quando queremos amar perpetuamente,

Sonho com o dia no futuro do amor,

Sem tons cinzentos nem o negrume da dor.



domingo, 15 de novembro de 2020

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

https://www.facebook.com/watch/?v=2655221551408311&extid=mE1oaKLWpwSzsvVd

domingo, 15 de abril de 2018

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Excalibur (1981)

https://pt.onmovies.to/film/ch3/Excalibur?ep=8151

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Bailemos nós já todas "Airas Nunes de Santiago"



http://www.nicoladavid.com/literatura/airas-nunes-de-santiago-sc-xiii/bailemos-ns-j-todas-trs-ai-amigas

segunda-feira, 10 de julho de 2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Lágrimas de tinta

Ana Hatherly (8 de maio de 1929 - 05 de agosto de 2015)

Um poeta barroco disse:
As palavras são
As línguas dos olhos
Mas o que é um poema
Senão
Um telescópio do desejo
Fixado pela língua?
O voo sinuoso das aves
As altas ondas do mar
A calmaria do vento:
Tudo
Tudo cabe dentro das palavras
E o poeta que vê
Chora lágrimas de tinta.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

terça-feira, 31 de março de 2015

We work and work

"Expor a verdade sobre o mundo corrupto em que vivemos. O autor, Spencer Cathcart, realizou este pequeno documentário, com o titulo “A mentira que vivemos”, onde questiona a nossa liberdade, o sistema de ensino, as empresas, o dinheiro, o sistema capitalista, o governo dos Estados Unidos, o colapso mundial, o ambiente, as alterações climáticas, os alimentos geneticamente modificados, e nosso tratamento para com os animais… Um vídeo que, concordes ou não, vai fazer-te pensar…" in
http://www.hiper.fm/a-mentira-que-vivemos-um-documentario-que-vai-deixar-te-a-pensar/#.VRm7YHfpe44.facebook

terça-feira, 24 de março de 2015

Se houvesse degraus na terra...

Se houvesse degraus na terra e tivesse anéis o céu,
eu subiria os degraus e aos anéis me prenderia.

No céu podia tecer uma nuvem toda negra.

Maldito seja quem atirou uma maçã para o outro mundo.


E que nevasse, e chovesse, e houvesse luz nas montanhas,
e à porta do meu amor o ouro se acumulasse.

Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.

Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.

Uma maçã, uma mantilha de ouro e uma espada de prata.

Correram os rapazes à procura da espada,
e as raparigas correram à procura da mantilha,
e correram, correram as crianças à procura da maçã.

Herberto Helder

Ternura

Que não haja nenhum canalha sobre a Terra
Que o Amor seja o manto quente que nos afaga
Que a mentira seja banida do vocabulário
Que o medo caia do abismo da solidão.

Volver ao teu regaço num segundo,
Colher o doce fruto da esperança,
Sentir o doce mel na taça cristalina,
Abrir o mundo inteiro no teu peito.

Oh! Melopeia de encantos,
Palavras rubras do momento,
Salpicam meus oceanos de ternura,
Navegam labirintos de lamentos.

domingo, 15 de março de 2015

MAR



Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.

Nos frios espaços de teus braços

Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
O silêncio.

E anseio em teu misterioso seio

Na atonia das ondas redondas
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte

Vinicius de Moraes



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ao vento

Para ti!
Sou vida, chama perpétua,
Flor nascida no deserto,
Canto poético cintilante,
Pura lava como um eco.

Quero ter na minha alma
Um pedaço do teu céu,
Uma brisa permanente,
Calmaria no meu peito.

Não mais te direi os lamentos,
Os desejos reprimidos,
As sementes de um amor
Que germinou sem crescer.

Fica gravada esta vontade,
Esta fúria de bem-viver,
E no futuro perpetuar
Um profundo sentimento.





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Palácio sem luz

Falo do imenso carinho que guardo no peito,
Sonhos-luz na distância de um toque,
Num tempo-magia sem hora nem destino,
Veludo carmim cobrindo o meu corpo.

Vivo na tua alma como um deserto,
Sem chama nem fogo mas desalento,
Poeta sem rosto que embala no tempo.





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ode marítima

Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh’alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.
Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É — sinto-o em mim como o meu sangue —
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui…
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.

(...)
Álvaro de Campos

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Autismo de excelência

A criatividade vem da "anima"

Les Uns et Les Autres

*********************************

O Amor

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
"Deus está no meu coração",
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus".
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

Gibran Khalil Gibran
Citações do livro o Profeta

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

It's cold inside!

Vagueando

Sou um espectro vagueando neste mundo,
Sinto palpitações de vida num sopro do universo,
Busco o átomo da satisfação eterna,
Deambulando, toco no prazer descontínuo.

Apetece-me saltar num pântano sem fundo,
Perder-me no enorme vácuo sideral.
Nada me sustém, apenas o vazio total,
Nítido desconforto da desmedida loucura.

Quem me acalenta neste frio lunar?
Quem me acode na tempestade medonha?
Podridão arrastada na multidão indiferente...

Haja luz neste caminho,
Um céu aberto em miríades de estrelas,
Um mar eterno a acolher-me no regaço.





















Namorados e a Magia da Noite  (1970) de Berco Udler
http://www.bercoudler.com.br/galeria.html

NAMORADOS NO MIRANTE *

Rio de Janeiro , 1962

Rio de Janeiro
Eles eram mais antigos que o silêncio
A perscrutar-se intimamente os sonhos
Tal como duas súbitas estátuas
Em que apenas o olhar restasse humano.
Qualquer toque, por certo, desfaria
Os seus corpos sem tempo em pura cinza.
Remontavam às origens - a realidade
Neles se fez, de substância, imagem.
Dela a face era fria, a que o desejo
Como um hictus, houvesse adormecido
Dele apenas restava o eterno grito
Da espécie - tudo mais tinha morrido.
Caíam lentamente na voragem
Como duas estrelas que gravitam
Juntas para, depois, num grande abraço
Rolarem pelo espaço e se perderem
Transformadas no magma incandescente
Que milénios mais tarde explode em amor
E da matéria reproduz o tempo
Nas galáxias da vida no infinito.

Eles eram mais antigos que o silêncio... 
Vinicius de Moraes
http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/namorados-no-mirante
* Feito para uma fotografia de Luís Carlos Barreto.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Magia

Um toque
               Um gesto
                             Um olhar
 Vivo no fogo de (a)mar.
 Cubro o teu rosto de beijos,
                                            Muitos,
                                                       quentes,
                                                                    doces.
O vento é testemunha,
O momento é mágico,
O mar pede-nos a sedução do presente.
Quem recusará este desejo tão forte?
Eu quero viver,
                        Viver intensamente,
                                                     (A)mar eternamente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Hoje e Sempre

Já segui o relógio do tempo sem preocupações,

já brinquei na areia coberta de espuma,

já sorri ao vento que leva os lamentos,

já senti o poder do amor pedindo paixão,

já vivi pedaços de sol caídos na minha mão.

Hoje sinto o gosto de quem viveu bem, só que pleno é o vocábulo mais certo, mais forte, mais adequado para a minha alma.

Quero viver em pleno todas as sensações da vida, sem traições, sem amarguras e sem azedume.

Descobri uma nova pessoa dentro de mim. Sou eu e mais outra e outra também.

Todas nós pertencemos ao ciclo perfeito da vida: serenidade, amor e ternura.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Loucamente

Vejo-te por dentro, nos caminhos do coração,
Decalco em mim o desejo de liberdade,
Sonhos repletos de magia!

Imagino um mundo pleno de amor,
Sentimento salpicado de verde e azul,
O fundo branco respira poesia!

Caminho na direcção do imenso círculo de luz,
Brilhante sedução de encanto e suor,
Manto espalhado entre nós na Funcheira!

Guardo momentos de pura energia,
Tinjo as nossas almas de fogo,
Chama perpétua do Vale de Madeira!

domingo, 3 de novembro de 2013

Quero ser teu amigo

"Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias."

Fernando Pessoa

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

'Eu Sou Portugal'

"O documentário 'Eu Sou Portugal', da autoria do ator Diogo Morgado, está a fazer sucesso nas redes sociais e a conquistar os portugueses que ali veem o país a ser apresentado como melhor destino turístico. No âmbito da iniciativa 'Portugal, O Melhor Destino', o ator quis mostrar ao mundo o orgulho que sente pelo seu país natal. "Acima de tudo quis expor aquilo que é um olhar sincero que acho que temos sobre nós mesmo enquanto portugueses, mas com uma direção construtiva e motivadora", lê-se na sua página de Facebook. Com uma duração de 18 minutos, o vídeo ilustra as maravilhas de Portugal, com paisagens únicas, monumentos, praias e tradições que tornam o país um destino de excelência. Além disso, são vários os testemunhos apresentados, com portugueses 'anónimos' a enaltecer aquilo que distingue e torna este "canto da Europa" tão especial."

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Quarto Minguante

Pinto a tua memória de azul
Vejo a solidão no horizonte
E as doces recordações do Sul...
Afinal foi um sonho somente!!!

Ah! Dar amor e não ser correspondida,
Sentir a dor e não ter com quem partilhar,
Ver partir o meu sonho lindo
Sem o meu coração poder acalmar.

Ficou o vazio das noites longas,
Inimigas da paz que tanto procuro,
Apenas na noite, vislumbro as sombras.

Vou ter de aprender a viver no escuro,
Secar as lágrimas com a palma da mão
E melhores dias virão no futuro!!!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Fugacidade

No mais fundo do meu ser existe um ninho,
Um espaço onde a vida renasce a cada dia,
Plena de esperança sedimentada pelo amor.

No mesmo plano há um remoinho em construção,
Tudo é atirado para o abismo perdido na alma,
Não tenho controlo, mas preciso de o ter.

Surgem instantes de calmaria,
Momentos fugazes de sedução,
Algures num tempo de distração.

Os laços mantêm-se soltos,
Ninguém os prende a mim,
Preciso repousar no teu regaço.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Para ti...

Amei-te,
(Tenho a certeza).
Mas os jogos, a ausência e a desconfiança
corroeram o que há de mais sagrado,
mais bonito, mais sincero no ser humano.

Não sei dizer se faria tudo diferente,
talvez fosse mais cautelosa na entrega,
mais perspicaz na análise desta relação,
mais distante nos meus comentários.

Mas eu sou assim,
impetuosa,
impulsiva,
insegura,
porém, sincera.

Nada é por acaso...
Se acabou é porque tinha de ser.

Forgiveness


Instinto

O meu instinto avisa-me do perigo,
das teias que enredam o ser humano,
protege-me dos falsos amigos,
dos amantes hipócritas que tudo querem,
mas dão muito pouco ou talvez nada.

O instinto é uma lupa sábia,
salva-nos da perdição,
dos enleios da sedução,
traz-nos o bom senso de volta.

Quantas vezes já me perdi,
me reencontrei e sobrevivi.
Quantas vezes já me decepcionei
já caí e voltei à superfície do azul.

Há uma linha fina e ténue
que separa o louco do audaz.
Eu caminho sobre essa linha,
ora loucura ora audácia...
mas sempre de cabeça erguida.

Embirrações

Embirro com ...
a mediocridade,
o desrespeito,
a insensatez,
o álcool,
as drogas,
os excessos,
o egoísmo,
a estupidez,
a violência,
a arrogância...

Embirro sempre que me dizem que ...
eu embirro,
eu sou isto, sou aquilo,
sou tudo e nada,
devo ser ou não ser
tenho de ir ou não ir...

Embirro, apesar de saber que perco por ter...
opinião,
suposição,
oposição.

A embirração é...
um murro na mesa,
um grito de insatisfação,
um pedido de mudança,
uma marca de solidão...
por isso estou só (alguém o disse).

domingo, 12 de maio de 2013

Notas soltas

Puxei o fio do destino,
Estiquei e partiu.

Gosto de sentir, de sonhar,
Quando acordo, não gosto nada.

Apetece-me dar saltos no tempo,
alguns para frente, mas muitos para trás.
Apagar da MEMÓRIA os erros cometidos,
passos em falso que doem, marcam, corroem.

Hei de encontrar a paz desejada,
basta sorrir e olhar em frente.
Também mereço.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Inferno de amar

Há forças negativas que nos puxam para o abismo!
Quero viver em paz, sentir calor humano,
Mas o único calor é infernal!

Olho ao meu redor,
Só vejo podridão,
Solidão,
Marasmo sem solução...

Preciso de luz,
Luz natural,
Gente iluminada.





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sem fôlego


Ouvir a melodia sussurrada
Sentir a areia quente e húmida
Na praia ou na montanha
Tanto faz

Subir ao cume dos teus sonhos
Cair no regaço de uma fonte
No eterno caminhar até ao rio

Perder o horizonte num sorriso
Pedir ao mar para devolver a eternidade
Poder estar sempre apaixonada
E tornar a reviver a minha infância.

domingo, 9 de dezembro de 2012

ANATOMIA DO DESEJO



Deixa-me entrar,
Por um momento ou por toda a vida.

Sente que vibra o meu desejo de ver-te,
Pego na ponta de um tempo tão perto...
E busco a memória presente e tão quente.

Percorro o teu beijo no corpo suado por nós,
Vislumbro aquelas noites gravadas por mim.
Caminho ao lado de um sonho,
Não se cruzam estas linhas perdidas na noite sem fim.

Tudo parece distante e solto nesta história,
Algo ficou por fazer e tudo por concluir.
São peças que não se encaixam,
Destinos sedentos de um laço,
Para sempre marcado em mim.


sábado, 10 de novembro de 2012

Ponto da Situação

A vida é um grão de areia que vai sedimentando até se tornar um rochedo insuportável.

domingo, 4 de novembro de 2012

Sensações

Sinto-me triste sem ti, a dor fere e não tenho sossego.
Momentos fugazes que passei gravaram o meu ser de arrepios tão fundos que lhes sinto a alma.
Como viver se não tenho o fogo que aquece o meu corpo. 
Perdoa a minha fragilidade, mas perco-me nos pensamentos e guardo o sabor do teu suor. 
Sonho em voltar a ver-te, mesmo sabendo que pode não acontecer. Mariquices que me enchem a alma de incertezas e vivo neste refúgio permanente da sorte.
Bem-me-quer
Mal-me-quer
Bem-me-quer

domingo, 12 de agosto de 2012

Evasão



Tempo de escapar

sábado, 11 de agosto de 2012

"Não Há Bem que sempre Dure Nem Mal que Não Acabe"



As mulheres têm fios desligados - António Lobo Antunes‏


" e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar"
O António é um gajo com conhecimento de causa. Nada disto é pura coincidência.
 "Em matéria de amor, os olhos dos homens são sempre maiores do que os estômagos. Eles têm violentos apetites, mas logo terminam o jantar." Li algures.
Somos o que vivemos, aquilo que experimentamos e não gostamos de conselhos, de avisos ou ameaças. Podemos sofrer, chorar, cair, mas não aceitamos ajuda ou se a aceitamos é por condescendência, logo a seguir fazemos o mesmo que nos levou à ruptura. 
Sei de um tempo em que a inocência era companhia grata e sábia, era a conselheira maior. Hoje ela está ausente e nem é bem vinda. É a era da Raposa, cheia de habilidade, esperteza, camuflagem, observação e astúcia. Gosto do seu aspecto, mas declino o seu interior, arrepia-me pensar que o mundo é uma Raposeira mal disfarçada de cordeiro e, por vezes, transforma-se em lobo, quando nos apanha distraídos. 

Discurso pessimista? Nem por isso, é vivenciado no seu pior.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Passatempo

Da janela do meu quarto,
Saem pedras a voar,
brancas, negras, sorridentes.

Quebram vasos na passagem,
brilham quentes de sonhar,
espalham cinzas pelo ar.

Sinto-as leves, transparentes,
pela brisa que acompanham,
levantam a poeira citadina.

Cortam o vento enfadonho,
que grita nos meus ouvidos:
- Levanta-te, ó múmia cansada!

De repente, solto um assobio,
chamo o pranto à razão
E faz-se de novo o caminho.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Indecisão

Perto de mim há um rio, límpido!
Quero chegar até ele, banhar-me...
Pego no meu corpo e nada,
Não se move, está sem força.

Peço ajuda para chegar,
Ninguém o faz porque sim,
É preciso conquistar, sorrir...
Não o faço porque não.

Imóvel, fico petrificada,
Tudo em mim estagnou.
Pergunto-me porquê...
Não sei dizer o motivo.

Tenho o condão da dor,
Dói-me porque é mais fácil.
Sair deste marasmo? Nem sei como!
Pensar é um momento de decisão.

Talvez o faça brevemente,
Ou nunca mais o alcance,
Esse poder da mente,
Que está longe do meu ser.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Maldito Sejas!

Tu que me tiraste o sonho!
                             a fantasia!
                             a paz!    
   
Acreditava na vida!
                   no amor!
                   nas pessoas!

Perdi o descanso! Quero viver!
                                         amar!
                                         sorrir!


Hei-de conseguir recuperar a alegria!

Só tenho de sacudir a mágoa destes meus olhos cansados e erguer a cabeça para um novo dia!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sonhacordada


Sinto... minto...
Busco a ponta solta que me escapou...
Capto a luz do meu tesouro, sonhacordada...
Nisto dou um trambolhão pertinho do coração...
Rebolo na veia cava e caminho na direcção do submundo...
Algo me diz que não é bonito invadir a estrada que o liga a mim...
Corro dali para fora e sacudo um pouco do meu humilde sentimento...
Pesado e escuro, ele me arrasta com vigor no sentido da confusão instalada...
Digo basta!

Vou ficar aqui...
Pertinho do Céu...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Deambulando



Serpenteia a doce nuvem,
Vai em busca do sol que lhe evapora as gotas de água.

Pula a catita lua,
roda em sentido contrário da terra que lhe faz sombra.

Esperneia a selvagem cascata,
foge do cimo do monte para bem longe dali.

Quero tirar essa nuvem do caminho do sol,
dizer-lhe para ser a frescura dos dias mais quentes.

Acompanhar a lua no seu carrossel
e na fuga incessante de um choque tremendo.

Livrar a cascata de uma queda brutal
que lhe tira as entranhas e a deixa sem força.

HF

sábado, 7 de abril de 2012

Paleta de cores


Misturo as cores na minha mente.
Preciso delas quentes...
douradas...
suspiradas.

Recordo a bruma da manhã...
fria...
cinzelada...
perdida.

Busco o pincel que permite o olhar...
calmo...
melífluo...
verdimar.

Sou o quadro feito no papel...
rasgado...
torturado...
sonhado.

perturbador....................

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dia 1 de Abril (Foi ontem)


Hoje é dia das Mentiras!(com um atraso de alguns minutos)

Grande dia este... o Dia de Portugal e arredores (vai até ao Japão.

Se tomarmos atenção, notamos o enorme alcance desta comemoração!
Podemos mentir sobre o tempo:
"Que tempo bom para passear" (mentira: não há dinheiro para isso!)

...sobre o emprego:
"Estou com vontade de trabalhar!" (Só se for na Alemanha e com um bom salário!)

...sobre os amigos:
"Todos os que dizem ser meus amigos, são-no na realidade!" (Alguns talvez, outros nem por isso!)

...sobre o amor:
"Que bem que sabe o amor!" (Sabe melhor uma fatia de melancia)

...sobre a política:
"Os políticos são nossos amigos" (só depois de pagarmos o suborno!)

Que bom termos um dia como este para dizermos frases simpáticas!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Capitães da Areia

Este é um filme que eu gostaria de ver.

domingo, 25 de março de 2012

Pacem ad Animam

Perder alguém é a maior de todas as dores.
A morte ultrapassa o meu entendimento devido à sua natureza finita, destrói a minha paz pela sua inevitabilidade.
Saber que não voltarei a ver aquele ser querido que me acompanhou na infância e adolescência, que eu vi cair devido à DROGA, levantar-se várias vezes com o estender de uma mão, sofrer na pele a discriminação de um recluso, reerguer-se tão bem e ... ter uma recaída fatal, não é fácil de aceitar.
Muitas vezes pensei nele, na sua ingenuidade, na sua dor, na sua presença viva, mas nunca lho disse... ficou muita coisa por dizer.
Aquela gargalhada solta que ele tinha parecia um grito de socorro que não terminava nunca.
A brincadeira fácil era um alerta para não pensar muito na sua dor reprimida. Nós sabíamos isso, mas pouco podíamos fazer. Ele tinha a chave dos seus problemas.
Todos o ajudaram, ninguém ficou indiferente... tinha quase tudo para ser feliz... mas restava procurar o NADA que é TUDO e ele não o conseguiu fazer.
Terminou a sua vida numa fase aparentemente feliz... um filho recém-nascido, uma mulher presente e uma mãe protectora, muito carinhosa.
Faltou dizer-lhe que gosto muito dele... apesar da dor que nos provocou.
Fica bem e descansa finalmente!

sábado, 24 de março de 2012

Bebedeira


Curto uma bebedeira ... de vinagre azedo.
Mas eu pedi do melhor para beber...
e acompanhar o repasto.
Quanto engano, quanto enleio...
Em vez de néctar... bebi fel.
Guardo na boca o amargo.
Cuspo e sai verde escarlate (que estranho!)
Bebo a névoa que passa...
Uma porta de saída... não a vejo!
Salto pela janela... mas ai,
magoei-me nela.

Bate e Foge


Quando eu era criança,
brincava muito ... outros tempos.
Costumava brincar ao bate e foge.
Era muito inocente o jogo.
Tinha um princípio básico...
Todos conheciam bem as regras.
Permitia usufruir do riso partilhado,
do toque fugidio,
do momento BREVE.
Hoje também acontece, mas é mais doloroso.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Poema da despedida


"Não saberei nunca
dizer adeus...
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim, escrevo"
Mia Couto

quinta-feira, 15 de março de 2012

Não Desistas de MIM

Sou uma chama apagada no deserto da vida.
Preciso do sopro ardente de quem saiba manter aceso o pavio.

Uma luz mesmo ténue que rasgue esta névoa cinzenta...

Esta mistura de sentimentos amontoados num puzzle...

Ora Amor ora Dor ora Tristeza e Sofrimento.

Pedaços de sentir que não saem... que se mantêm colados ao meu ser.

Quero esquecer e não consigo....